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El Niño: mês de junho será o mais quente da história no mundo
Sexta, Novembro 01, 2024
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El Niño: mês de junho será o mais quente da história no mundo

Graças ao El Niño, o mês de maio foi o mais quente nas superfícies dos oceanos. E o mês de junho deverá ser o mais quente da história

Conforme apontado anteriormente pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), o fenômeno climático El Niño está de volta — e já registra grandes efeitos no planeta. O Copernicus (Programa de Observação da Terra da União Europeia) revelou que as superfícies dos oceanos tiveram o mês de maio mais quente já registrado — e agora teremos o mês de junho mais quente do mundo.

“O mundo acaba de ter seu início de junho mais quente já registrado, depois de um mês de maio que foi apenas 0,1°C menos quente do que o recorde”, afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço Copernicus. “As temperaturas médias do ar da superfície global, nos primeiros dias de junho, foram as mais altas já registradas no conjunto de dados ERA5 para o início de junho e por uma margem substancial”.

Entenda o fenômeno climático

  • Segundo o Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, o fenômeno climático El Niño está de volta, e deverá produzir condições climáticas extremas no final de 2023;
  • Esse padrão climático atípico pode causar aquecimento — ou temperaturas acima da média — na superfície do Oceano Pacífico tropical central e oriental;
  • Os eventos desse fenômeno costumam ocorrer de forma irregular e com intervalos de dois a sete anos, afetando o clima mundial.

Não é surpreendente porque há uma tendência de aumento das temperaturas. […] Sabíamos que quando se desenvolve um evento El Niño, há tendência a aumentar as temperaturas em algumas dezenas de graus.

François-Marie Bréon, vice-diretor do Laboratório de Clima e Ciências Ambientais (LSCE).

“Se um ano é particularmente quente, isso não é necessariamente significativo, mas o que fica claro é essa forte tendência, que mostra um aumento nas temperaturas de cerca de 0,2°C por década”, complementa Bréon.

Esses desequilíbrios climáticos podem resultar em incêndios florestais, no degelo dos polos e até mesmo no aumento da demanda por eletricidade para climatização — além de contribuir para o aquecimento global.

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Por Olhar Digital / Uol.

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