Um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) furou o bloqueio de segurança e tomou o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto neste domingo (8), em mais protestos contra a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), empossado no último domingo (1º), nas eleições de 2022.
Neste domingo, manifestantes mobilizaram caravanas com direção a Brasília para realizar novos protestos contra a eleição de Lula, mesmo após Bolsonaro já ter deixado o Brasil com direção aos Estados Unidos.
Manifestantes radicais conseguiram furar o bloqueio de segurança e invadiram o perímetro do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), usou as redes sociais para repudiar os "atos antidemocráticos" e cobrar que bolsonaristas "devem sofrer o rigor da lei com urgência". Pacheco informou que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para cobrar medidas de segurança.
"Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação."
Em nota divulgada pelo ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o governo Lula apontou que a manifestação é de uma "minoria golpista" e deve "ser tratada com o rigor da lei".
"Temos certeza que a maioria do povo brasileiro quer neste momento união e paz para que o Brasil siga em frente. Esta manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei."
Imagens que circulam nas redes sociais mostram manifestantes com paus e pedras quebrando vidros e depredando patrimônio público nos prédios do STF, do Congresso e do Planalto.
A cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atua para tentar dispersar os manifestantes.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que "essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça".
Atenção! Eu e a presidente do PT @gleisi estamos agora representando ao Procurador-geral da República para que seja decretada intervenção na Segurança Pública do DF.
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) January 8, 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a Araraquara (SP) neste domingo (8) para acompanhar a situação das chuvas que afetaram a cidade.
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Por Sputniknews Brasil.