Grande temporal de chuva e neve começa a atingir a área entre o Centro-Sul do Chile, o Oeste da Argentina e parte da Patagônia
A Defesa Civil da província argentina de Mendoza emitiu um alerta vermelho devido à forte presença de chuva e neve na alta montanha e na encosta. A instabilidade está prevista para este fim de semana. Conforme a Defesa Civil será uma quantidade de neve “histórica”.
Segundo as previsões, a neve chegaria a 5 metros de altura e seria muito forte na parte Sul da província e na Passagem Cristo Redentor, a travessia rodoviária entre a Argentina e o Chile nas montanhas da Cordilheira do Andes.
“A decisão foi tomada entre as coordenações de Defesa Civil e de estradas do Sistema Integrado devido a uma frente meteorológica adversa e prolongada que entra pelo lado da República do Chile”, indicaram as autoridades.
A passagem Cristo Redentor fechou devido ao forte temporal na alta montanha e deverá permanecer fechado até a próxima semana, indicaram as autoridades em Mendoza. As previsões indicam queda de neve significativa nas altas montanhas durante este fim de semana e que poderia se prolongar até a metade da semana que vem.
O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina emitiu um alerta vermelho por chuva e neve para a cordilheira de Neuquén e o Sul de Mendoza. Na cordilheira de Mendoza, espera-se entre 1,80 metro e 2,50 metros de neve, enquanto em Neuquén atingirá entre 1 metro e 1,80 metro.
“Um rio atmosférico entre 38ºS e 40°S causará precipitação abundante na forma de chuva e neve”, afirmou o SMN. As áreas mais afetadas pelo alerta serão a Serra Aluminé, Serra Chos, Malal – Serra Loncopué, Serra Minas, Serra Picunches e a Serra Ñorquín.
Conforme um alerta de nível vermelho, há necessidade que sejam tomadas todas precauções enquanto se aproxima o fenómeno meteorológico exceocional que pode gerar emergências. A Defesa Civil lembrou que o uso de correntes é obrigatório na zona andina e pediu aos motoristas que dirijam com responsabilidade.
A tempestade de chuva e com metros de neve no lado argentino ocorre pelo mesmo sistema que gera alerta máximo no Chile, onde a chuva pode atingir 700 mm a 800 mm em pontos da Cordilheira com grave risco de inundações e deslizamentos de terra.
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Foi decretado alerta meteorológico devido às intensas chuvas com a isoterma zero (altitude da atmosfera em que a temperatura é de 0ºC) na região metropolitana de Santiago. O alerta é também para outras áreas do Centro-Sul do país. O maior perigo ocorre nas regiões chilenas de O’Higgins e Maule, onde foi decretado alerta máximo.
O governo chileno teme que a chuva possa ser semelhante à registrada em junho e que causou estragos em várias regiões. Dois meses atrás, algumas estações chegaram a registrar 70 mm a 800 mm de precipitação.
⚠ Precaución ⚠
🔴 Alerta de nivel ROJO por lluvias y nevadas para la cordillera de #Neuquén y del sur de #Mendoza
❄ En la cordillera mendocina se espera entre 1,80 y 2,50 m de nieve, mientras que en Neuquén alcanzará entre 1 y 1,80 m. https://t.co/GRjfngFWuF pic.twitter.com/f0RWB3I8sy
#Alarma AAA3-1/2023 (actualización): [18/ago 13:15] Precipitaciones Intensas con Isoterma Cero Alta en zonas de las regiones Metropolitana, O'Higgins y Maule https://t.co/ObS7lNSPQe pic.twitter.com/6GFvQmBPqG
As intensas precipitações de chuva e neve entre Chile e Argentina nos próximos dias serão efeito de um rio atmosférico de grande intensidade que se origina no Pacífico e transporta enorme quantidade de umidade para os Andes. Uma vez que a isoterma estará alta, ou seja, a temperatura só atingirá 0ºC em elevada altitude, em muitos locais em que a precipitação deveria vir na forma de neve estará caindo como chuva e com volumes excessivos.
Os rios atmosféricos são regiões longas e concentradas na atmosfera que transportam ar úmido dos trópicos para latitudes mais altas. O ar úmido, combinado com ventos de alta velocidade, produz chuva pesada e neve, conforme a região no mundo. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a inundações repentinas, deslizamentos de terra e danos catastróficos à vida e à propriedade.
Embora os rios atmosféricos tenham muitas formas e tamanhos, aqueles que contêm as maiores quantidades de vapor de água podem criar chuvas e inundações extremas, muitas vezes parando sobre bacias hidrográficas vulneráveis a inundações.
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Por MetSul.