O incêndio que lavra há 10 dias na Serra da Estrela, no centro de Portugal, tem 90% do perímetro dominado.
Segundo a Defesa Civil, ao início da tarde desta quarta-feira, a frente ativa no distrito de Castelo Branco, na Covilhã, entre a Quinta da Atalaia, Teixoso e Orjais era a que causava “maior preocupação”.
“Neste momento 90% do perímetro do incêndio encontra-se dominado, sendo que existem 10% por dominar", disse em conferência de imprensa o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras (Lisboa).
O responsável sublinhou que o sinistro tem um perímetro de 160 quilómetros.
No entanto, o país enfrenta uma nova onde de calor já a partir de sábado, de acordo com o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Jorge Alberto de Miranda:
"O problema do perigo de incêndio rural em Portugal, em particular aqui no continente, está ainda a meio da época. Passámos por uma onda de calor de grande intensidade, que chegou a temperaturas que quase rondaram os 50 graus (122 graus Fahrenheit), passámos uma segunda onda com menos severidade, mas mesmo assim ainda com muito impacto, e vamos passar por uma terceira onda de calor provavelmente dentro de dias".
Miranda acrescentou que “as previsões não são positivas” em termos de precipitação e que provavelmente “setembro será um pouco mais seco e um pouco mais quente” como têm sido os meses anteriores.
Face aos alertas do do IPMA, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, não excluiu a hipótese de regresso à situação de alerta ou de contingência. Aos "media" nacionais, Carneiro afirmou que “são cenários que temos de ter em cima da mesa para avaliação no quadro das decisões no âmbito da Autoridade nacional de Emergência e Proteção Civil”.
Esta nova onda de calor é uma má notícia, também, para a vizinha Espanha onde continuam por controlar dois grandes incêndios em Alicante e Castellón, na Comunidade de Valência, na costa mediterrânica.
Mais de 17.000 hectares de mato e floresta foram consumidos pelas chamas e várias habitações tiveram de ser evacuadas.
A topografia do terreno e as condições climatéricas dificultam o trabalho dos bombeiros.
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Por Euronews.