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Catástrofe “nunca vista” na África do Sul deixa 400 mortos
Sexta, Novembro 01, 2024
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Catástrofe “nunca vista” na África do Sul deixa 400 mortos

Autoridade sul-africanas elevaram o saldo de vítimas e ainda buscam desaparecidos no evento extremo de chuva de Durban

As inundações devastadoras que atingem a África do Sul há cinco dias causaram quase 400 mortes e deixaram 41 mil afetados, segundo um novo balanço divulgado nesta sexta-feira (15), enquanto a busca pelos muitos desaparecidos continua. A maioria das vítimas foi registrada na região de Durban, cidade portuária de Kwazulu-Natal (KZN) voltada para o Oceano Índico, onde se concentraram as intensas chuvas que começaram no último fim de semana. “Um total de 40.723 pessoas foram afetadas. Infelizmente, o número de mortos continua aumentando e o último balanço é de 395 mortos”, disse o escritório de gestão de desastres da província de Kwazulu-Natal em comunicado. O governo não deu nenhuma indicação do número de pessoas desaparecidas, mas cinco dias após a catástrofe, os socorristas têm pouca esperança de encontrar sobreviventes. “A fase intensa do resgate terminou parcialmente. Atualmente nosso trabalho consiste principalmente na recuperação de corpos”, disse à AFP Travis Trower, membro das equipes de resgate. O presidente Cyril Ramaphosa, que esteve em Mpumalanga para a Páscoa, lamentou uma catástrofe “nunca vista antes no país”. As previsões meteorológicas apontam para tempestades e risco de inundações localizadas no fim de semana da Páscoa. Novas tempestades também devem afetar as províncias vizinhas de Free State (Centro) e Eastern Cape (Sudeste), onde “já foi registrada uma morte”, segundo Ramaphosa.


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Casa destruída depois das fortes chuvas e ventos em Durban com inundações e deslizamentos de terra após tempestades atingirem a cidade portuária sul-africana e a província de KwaZulu-Natal. RAJESH JANTILAL/AFP/METSUL METEOROLOGIA

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Um morador do município de Umlazi observa contêineres que caíram em uma instalação de armazenamento após fortes chuvas e ventos em Durban. Dias de chuva inundaram várias áreas e fecharam dezenas de estradas em toda a região. | PHIL MAGAKOE/AFP/METSUL METEOROLOGIA

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Caminhão-tanque danificado na praia da Lagoa Azul após fortes chuvas e ventos em Durban, em 12 de abril de 20220. Centenas de pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra depois que tempestades atingiram a cidade portuária sul-africana de Durban e os arredores de KwaZulu-Província de Natal, disseram as autoridades. | RAJESH JANTILAL/AFP/METSUL METEOROLOGIA

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África do Sul enfrenta um dos maiores desastres naturais em décadas com centenas de mortos após chuva extrema no Leste do país que deixou muita destruição na região de Durban | PHILL MAGAKOE/AFP/METSUL METEOROLOGIA

“DEVASTAÇÃO”

As chuvas, que atingiram níveis não vistos em mais de 60 anos, derrubaram pontes e estradas e isolaram grande parte da região costeira do Oceano Índico. Mais de 250 escolas foram afetadas e milhares de casas foram destruídas. Durante a manhã, voluntários com luvas e sacos de lixo começaram a limpar as praias de Durban, que costumam estar cheias de famílias e turistas. “É minha praia, onde levo meus filhos, onde passamos nossos fins de semana”, explica Morne Mustard, um cientista da computação de 35 anos que é um dos voluntários da popular praia de Umhlanga. Ele sobreviveu à enchente e diz que há “devastação absoluta, um espetáculo horrendo”, listando todo tipo de objetos e detritos carregados pelas águas em direção à praia. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas e as autoridades anunciaram a abertura de cerca de 20 abrigos de emergência, que abrigam mais de 2.100 pessoas. Em algumas áreas, a água e a eletricidade foram cortadas por vários dias. Pessoas desesperadas foram vistas tentando extrair água dos canos destruídos e as autoridades declararam estado de catástrofe. No dia anterior, houve protestos esporádicos exigindo ajuda. Em comunicado, as autoridades de Durban pediram “paciência”, explicando que os esforços de socorro foram abrandados “devido à magnitude dos danos nas estradas”. As autoridades locais fazem um apelo para doar alimentos não perecíveis, água engarrafada e tudo o que serve para aquece. Também houve saques e imagens de câmeras de vigilância compartilhadas nas mídias sociais mostraram pessoas assaltando as prateleiras dos supermercados.

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O Sul da África sofre regularmente tempestades violentas durante a temporada de ciclones, de novembro a abril, mas as a África do Sul geralmente é poupada desses eventos climáticos extremos que se formam sobre o Oceano Índico.

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Por AFP / MetSul.

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