O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou nesta quarta-feira (27) o envio de um pacote de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) em ajuda militar à Ucrânia, que desde fevereiro do ano passado é alvo da operação militar especial russa.
Porém, Blinken afirmou que esse é o pacote final autorizado pelo Congresso, já que o governo do democrata Joe Biden sofreu várias derrotas no Legislativo ao longo do ano para alocar recursos adicionais ao orçamento norte-americano para o governo de Volodymyr Zelensky.
Além do recurso, também serão enviadas munições para o sistema de defesa aérea, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Himars, projéteis de artilharia de 155 e 105 milímetros, armas antitanque e mais de 15 milhões de cartuchos de munição para armas pequenas.
"Os Estados Unidos estão anunciando o pacote final do ano de armas e equipamentos para a Ucrânia", disse o secretário.
A Casa Branca já havia divulgado que os fundos para a Ucrânia estavam perto de se esgotarem, assim como novos fornecimentos de armas e munições por conta da falta de aprovação de um financiamento adicional.
'Sem tempo e sem dinheiro'
Na última semana, Antony Blinken já havia sinalizado que a falta de dinheiro para financiar a Ucrânia batia à porta do governo dos Estados Unidos. Além disso, o tempo político tem ficado cada vez mais escasso.
"Estamos quase sem o dinheiro que precisamos e estamos perto de ficar sem tempo", disse Blinken durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (27).
O chanceler destacou a urgência do governo em conseguir que o Congresso aprove fundos adicionais para a Ucrânia e Israel, e acrescentou que a Casa Branca carece de uma "poção mágica" para obter mais dinheiro para a Ucrânia.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou no dia 14 de dezembro um projeto de lei que autoriza orçamento para a Defesa Nacional de US$ 886 bilhões de dólares para o próximo ano. A medida inclui US$ 300 milhões de dólares (R$ 1,4 milhões) anuais para Kiev até o final de 2026.
Esse financiamento não deve ser confundido com outro pedido de US$ 61,4 bilhões (R$ 301,8 bilhões), apresentado pelo governo Biden em recursos adicionais para continuar a apoiar seu aliado no Leste Europeu.
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Por Sputniknews Brasil.