Seyyed Razi Mousavi foi morto em um ataque aéreo israelense que o atingiu em um subúrbio de Damasco, segundo a agência estatal de notícias do Irã
O Irã e vários dos representantes das forças armadas prometeram nesta segunda-feira (25) retaliar Israel após o suposto assassinato de um comandante sênior do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica na Síria (IRGC, na sigla em inglês).
Seyyed Razi Mousavi foi morto em um ataque aéreo israelense que o atingiu em um subúrbio de Damasco, informou a agência estatal de Notícias da República Islâmica (IRNA, na sigla em inglês), citando uma declaração das relações públicas do IRGC.
As Forças Armadas de Israel (FDI) se recusaram a comentar o relatório quando questionadas pela CNN.
O IRGC prometeu “vingar o assassinato”, dizendo que “o regime israelense pagaria, sem dúvida, o preço por este crime”.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, também alertou Israel sobre as repercussões, dizendo que “Tel Aviv deveria esperar uma contagem regressiva difícil”.
Em outra declaração, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanaani, disse que o Irã “se reserva ao direito de tomar as medidas necessárias e responder ao assassinato no momento certo e no lugar certo”.
Há anos que Israel tem como alvo o que chama de posições ligadas ao Irã na Síria, onde o IRGC, um braço de elite das forças armadas iranianas, tem uma presença significativa.
Segundo a agência estatal iraniana, Mousavi servia como conselheiro militar na Síria. O suposto assassinato ocorre em um momento de intensificação das tensões regionais devido à guerra em curso de Israel contra o Hamas em Gaza, o que levou a receios de um conflito mais amplo.
As advertências de retaliação do Irã foram repetidas pelo grupo militante libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, e pelo Movimento de Resistência al-Nujaba, ligado ao Irã, no Iraque.
Em comunicado, a Jihad Islâmica Palestina condenou o assassinato de Mousavi e disse que ele “teve um papel fundamental e central no apoio às forças de resistência na região e no apoio ao povo palestino, à resistência e à causa”.
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Por CNN Brasil.