Especialistas pediram “pausa imediata” nas grandes experiências de IA
Enquanto um grupo de líderes de big techs pedem pausa nos estudos sobre a inteligência artificial (IA) generativa, cresce o número de empresas que estão entrando na corrida com seus próprios grandes modelos de linguagem (LLMs) – como a Meta lançando o Llama 2 e a Anthropic apresentando o rival do ChatGPT, o Claude 2.
Restrospectiva do assunto:
- O Future of Life Institute (FLI) publicou carta aberta solicitando a interrupção imediata nas grandes experiências de IA;
- Esse documento reúne assinaturas de mais de 31 mil profissionais de tecnologia e inclui nomes, como Elon Musk, CEO da Tesla e dono de outras empresas, e Steve Wozniak, cofundador da Apple;
- A carta informava sobre “riscos profundos para a sociedade e a humanidade” que a tecnologia gerada pelo ChatGPT, da OpenAI, e o Google, com o Bard, pode estar criando;
- Segundo a Euro News, essa carta surgiu em meio a uma onda de interesse público na IA generativa, em momento que aplicativos, como ChatGPT e Midjourney, mostravam como a tecnologia está cada vez mais perto de replicar a capacidade humana na escrita e na arte.
Empresas ignoraram os alertas
A apelação de mais de trinta mil profissionais não foi suficiente. Desde então, mais empresas se uniram à corrida da IA generativa com seus próprios grandes modelos de linguagem, ampliando a IA com suas respectivas adaptações, como no caso da Meta.
Mark Brakel, diretor de política do FLI, alerta sobre os perigos desse avanço e acredita que a IA generativa poderá, em breve, tornar-se “IA agente” – na qual a IA pode realmente tomar decisões e agir de forma autônoma.
“Acho que essa talvez seja a linha de tendência que vemos – e também vemos como a OpenAI quase destruiu toda a internet de texto. Estamos começando a ver a seca de vídeos e podcasts e o Spotify como fontes alternativas de dados, vídeo e voz”, afirma Brakel.
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Por Olhar Digital.