Chamada geneticamente de Pirola, nova variante já está em circulação no mundo e foi detectada nos EUA e Reino Unido
Uma nova variante do coronavírus pode estar circulando no mundo há meses e chamou a atenção de cientistas da área. A BA.2.86, também chamada genericamente de Pirola, já foi detectada nos Estados Unidos, Reino Unido, Israel e Dinamarca, mas os casos de Covid-19 não estão conectados. Isso indica que a nova cepa do vírus já esteja circulando mundialmente. Por sua alta capacidade de mutação na proteína spike, ela pode ser capaz de neutralizar o sistema imunológico da pessoa infectada.
Variante da Covid
Cientistas do mundo inteiro estão atentos à subvariante Pirola, de acordo com o editorial da revista médica BMJ, escrito pelo editor internacional Mun-Keat Loo.
Casos de sequenciamento genético dessa nova cepa, que veio de uma mutação da Ômicron, foram registrados em pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido, Israel e Dinamarca. Como as ocorrências não tinham conexão entre si, os pesquisadores concluíram que a variante se estabeleceu nesses países e também deve estar presente em outros locais ainda não identificados.
Segundo Kristian Andersen, do Scripps Research Institute, com quem Loo conversou, a variante tem potencial para se tornar uma cepa dominante do vírus.
Pirola também é uma subvariante da Ômicron (Imagem: shutterstock/Fit Ztudio) |
Riscos da variante Pirola
No texto, Loo ainda afirmou que profissionais importantes da área estão considerando a Pirola a variante mais impressionante desde a Ômicron.
Isso porque ela tem um número elevado de mutações na proteína spike, que é a parte do vírus usada para entrar e infectar outras células. A depender de como a mutação acontecer, ela pode levar até à capacidade de neutralizar o sistema imunológico da pessoa infectada, impedindo a ação de anticorpos.
No entanto, apesar de estar circulando há algum tempo, a variante é nova e seus riscos ainda não são totalmente conhecidos, bem como seus sintomas.
Assim, o editor da revista sugere que os governos do mundo comecem a prestar mais atenção às novas variantes e voltar a monitorar os números relacionados ao vírus.
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Por Olhar Digital.