Na quarta-feira (12), os altos funcionários europeus afirmaram na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Vilnius que os pilotos e mecânicos ucranianos vão iniciar o treinamento para pilotar e manter os caças norte-americanos F-16 neste agosto.
Segundo a ministra interina da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, os 11 países de uma coligação começarão a treinar soldados ucranianos na Dinamarca no próximo mês de agosto, para posteriormente prosseguirem o processo de formação na Romênia, quando tiver sido inaugurado o centro permanente de treino de caças F-16.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em entrevista à Lenta.ru, afirmou que a aparição de caças F-16 capazes de transportar armas nucleares em Kiev será considerada pela Rússia uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear.
"Tenho falado repetidamente sobre este assunto. Eu diria até que [este tema] teria se esgotado se o Ocidente não tivesse tomado ações que repetidamente nos forçam a apontar os riscos estratégicos impostos pela política agressiva antirrussa", disse o ministro.
Ele relembrou que as condições para o uso de armas nucleares pela Rússia estão claramente definidas na doutrina militar.
Ao mesmo tempo, os EUA e seus satélites da OTAN criam os riscos de um confronto armado direto com a Rússia, que está repleto de consequências catastróficas, continuou o ministro.
"Só um exemplo de um desenvolvimento extremamente perigoso, os planos dos EUA para transferir caças F-16 para o regime de Kiev. Informamos às potências nucleares dos Estados Unidos, Reino Unido e França que a Rússia não pode ignorar a capacidade dessas aeronaves de transportar armas nucleares", disse Lavrov, acrescentando que "nenhuma garantia ajudará".
O chanceler russo explicou que durante as ações de combate, os militares russos não entenderão "se cada aeronave concreta deste tipo está equipada para entrega de armas nucleares ou não".
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Por Sputnik Brasil.