Israel deve descartar todas as suas armas nucleares e colocar suas instalações nucleares sob a alçada da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou o primeiro comitê da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em uma votação que terminou em 152 a 5, a Assembleia Geral da ONU concordou que Israel deve se livrar de suas armas nucleares.
As cinco nações que se opuseram à resolução sobre o "risco de proliferação nuclear no Oriente Médio" foram: Canadá, Israel, Micronésia, Palau e Estados Unidos. Outros 24 países se abstiveram, incluindo membros da União Europeia.
A resolução foi apresentada pelo Egito em Nova York, sendo apoiada pela Autoridade Palestina e 19 Estados árabes, incluindo Bahrein, Jordânia, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.
Embora a resolução tenha como objetivo a eliminação do arsenal nuclear de Israel, o país nunca admitiu ter armas atômicas. Ainda assim, muitos apontam que o Estado judeu é uma nove nações que possuem armas nucleares, escreve o Jerusalem Post.
A resolução observa que Israel é o único país do Oriente Médio, e um dos poucos entre os 193 estados membros da ONU, que não assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
A resolução reafirmou "a importância da adesão de Israel ao TNP e a colocação de todas as suas instalações nucleares sob abrangentes salvaguardas internacionais de energia atômica".
O documento emitido pela ONU ainda faz um apelo para Israel "aderir ao tratado sem mais demora", em um sinal para o "fortalecimento da confiança entre todos os Estados da região e como um passo para o fortalecimento da paz e da segurança".
A Assembleia Geral da ONU também aprovou, com 170 votos (incluindo o Irã), um apelo por uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio. Israel foi o único país que se opôs ao texto. Quatro países se abstiveram, entre eles os Estados Unidos.
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Por Sputniknews Brasil.