O Hezbollah lançou mísseis contra a base israelense de Meron, próxima da fronteira do Líbano neste sábado (6). O ataque foi o "início das respostas" ao assassinato do vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, na região de Dahiyeh, ao sul do Beirute, capital do Líbano.
O grupo político xiita afirmou ter lançado ao todo 62 foguetes com "acertos" e "feridos" confirmados. Segundo as autoridades israelenses, 40 foguetes foram identificados em direção à base, mas não informaram se algum militar faleceu ou ficou ferido. As Forças de Defesa de Israel (FDI) também afirmaram que retaliaram o ataque.
Localizada no topo do monte Meron, o maior pico dentro do território israelense fora as colinas de Golã, a base é utilizada como estação de vigilância e de direcionamento de ataques israelenses dentro do Líbano e da Síria, além de interceptar comunicações de ambos os países.
Filmagens do ataque captadas por pessoas presentes nos arredores da região foram divulgadas nas redes sociais.
O Hezbollah, que também atua politicamente como um partido no parlamento libanês, afirmou que o bombardeio ao escritório do Hamas em Beirute foi um "grave ataque ao Líbano".
"Se o inimigo pensa em travar uma guerra contra o Líbano, então a nossa luta será sem teto, sem limites, sem regras. E eles sabem o que quero dizer", disse Hassan Nasrallah, líder do movimento xiita. "Não temos medo da guerra".
Em visita ao Líbano no sábado, o alto representante de política externa da União Europeia, Josep Borrell, alertou que "ninguém vencerá" se Israel e Líbano entrarem em conflito aberto.
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Por Sputniknews Brasil.