Segundo a Nasa, será a primeira missão de defesa espacial contra o impacto de um asteroide; teste final deverá acontecer no domingo, 24 horas antes da colisão
A próxima semana começa com uma missão especial de defesa planetária da Nasa. A ideia é tentar atingir um asteroide para desviar sua órbita, em um treinamento para uma ameaça maior que um dia poderá atingir a Terra. Embora a agência espacial americana diga que ainda não há dados suficientes para afirmar que "um asteroide representa um risco real de impacto com a Terra nos próximos 100 anos", a hipótese, mesmo em um futuro distante, não está descartada.
Na segunda, dia 26, deverá ser realizada a primeira missão para desviar uma potencial ameaça espacial por meio de um impacto cinético, em que dois objetos colidem — para isso, será utilizada uma espaçonave especial, chamada DART (Double Asteroid Redirection Test), mesmo nome do programa da Nasa de defesa da Terra. Com o impacto, o asteroide deverá mudar sua trajetória.
O alvo é o asteroide Dimorphos, com apenas 160 metros de diâmetro, atualmente a cerca de 11,2 milhões de quilômetros da Terra. Segundo os cientistas, o pequeno objeto espacial não representa um perigo para o planeta.
Desde julho, a Nasa vem coletando imagens do asteroide por meio de uma tecnologia sofisticada. Os cientistas estão utilizando um telescópio de abertura de 20,8 centímetros e um sensor de imagem especial, acoplado na espaçonave DART, para captar imagens e enviá-las à agência espacial dos Estados Unidos. Os cientistas então conseguem simular com mais precisão o impacto da espaçonave no asteroide e realizar eventuais ajustes.
"Uma vez que foi possível analisar uma sequência de 243 imagens, o time da Nasa conseguiu ter acesso à localização mais precisa do asteroide", disse a agência espacial americana em nota. As imagens serão de fundamental importância para guiar a espaçonave especialmente nas horas finais do impacto com o asteroide.
A equipe encarregada do projeto executou manobras de correção de trajetória nas últimas semanas a fim de reduzir a margem de erro. O último teste deverá ser realizado neste domingo, dia 25, cerca de 24 horas antes do impacto. O objetivo é delimitar a posição do asteróide em uma variação de no máximo 2 quilômetros. Depois disso, será dado sinal verde para a colisão.
-
Por Exame.com