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Países Sul Americanos planejam criar CARTEL DO LÍTIO
Sexta, Novembro 01, 2024
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Países Sul Americanos planejam criar CARTEL DO LÍTIO

Argentina, Chile, Bolívia e Brasil estão planejando formar um cartel de lítio para transformar mais lítio extraído em baterias e se envolver no setor de fabricação de veículos elétricos (EVs).

Esses países procuram emular esquemas semelhantes, como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no que diz respeito à organização dos fluxos de produção, preços e boas práticas.

Argentina, Chile e Bolívia falam sobre isso desde julho do ano passado, quando os chanceleres de cada nação se reuniram na conferência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Buenos Aires.

As três nações formam o chamado triângulo do lítio, que possui cerca de 65% dos recursos mundiais conhecidos de lítio e atingiu 29,5% da produção mundial em 2020.

Embora o setor de lítio no Brasil seja relativamente novo, o país tem experiência na fabricação de automóveis e já é um caso internacional de mobilidade de baixo carbono – movido a etanol, biocombustíveis e gás natural.

Com a Sigma Lithium abrindo sua mina de lítio Grota do Cirilo em abril, o Brasil terá uma das poucas empresas com capacidade comprovada de gerar lítio de forma ambientalmente sustentável.

“Temos que nos preparar para o que está por vir e sermos capazes de nos adaptar – começando talvez com as células, passando pela industrialização e chegando às baterias”, afirmou em entrevista a subsecretária de Mineração da Argentina, Fernanda Ávila.

Um interesse comum em aumentar os benefícios da alta demanda por baterias e preços crescentes renovou as negociações regionais para cooperação. Até o México fez movimentos para cooperar com seus vizinhos do sul.

Estudos sugerem que o México possui cerca de 1,7 milhão de toneladas de reservas de lítio. Embora cerca de uma dúzia de empresas estrangeiras tenham licenças de mineração ativas que planejam desenvolver esses possíveis depósitos, o presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, anunciou que todos eles serão “revisados” à luz da atual nacionalização do recurso.

Argentina será o segundo maior produtor de lítio do mundo até 2027

O JPMorgan disse no ano passado que previa que a Argentina passaria de 6% do fornecimento mundial de lítio em 2021 para 16% até 2030.

Se a previsão se confirmar, a Argentina ultrapassará o Chile como segundo maior produtor de lítio do mundo até 2027, logo atrás da Austrália.

A Argentina aceita investimentos estrangeiros desde a década de 1990, enquanto o Chile e a Bolívia relutam em permitir que empresas estrangeiras usem suas reservas.

O país atraiu importantes mineradoras nos últimos dois anos, junto com a segunda maior mineradora do mundo, Rio Tinto, e a siderúrgica sul-coreana Posco.

Dados da Câmara Argentina de Empresarios Mineros, um grupo de empresários de mineração, mostraram que os investimentos no setor de lítio chegaram a aproximadamente US$ 1,5 bilhão no ano passado.

O grupo prevê que os investimentos cheguem a mais de US$ 5 bilhões nos próximos anos, já que o país abriga hoje mais de 20 projetos em diferentes estágios de desenvolvimento.

A montadora chinesa Chery Inc. divulgou planos no mês passado para construir uma fábrica de VEs e baterias de US$ 400 milhões na Argentina.

A Gotion High-tech Co., também fabricante de baterias, está considerando trabalhar com a administração de Jujuy, uma das três províncias produtoras de lítio da Argentina, enquanto avalia a criação de uma refinaria de carbonato de lítio na área.

O Chile é de longe o maior produtor de lítio da região, com uma suposta produção de 26 mil toneladas métricas em 2021.

A produção é focada exclusivamente no deserto do Atacama, parte do chamado “triângulo de lítio” na América do Sul, juntamente com as salinas da Bolívia e Argentina.

Apesar do aumento geral da produção anual nos últimos anos, o Chile não conseguiu acompanhar o aumento da demanda mundial, perdendo uma participação crucial na produção global.

Isso está, pelo menos em parte, ligado aos regulamentos historicamente rígidos do governo, que fornecem à mineradora chilena SQM e à americana Albemarle direitos exclusivos de exploração no país.

Embora outras mineradoras tenham começado a investir em projetos de lítio no Chile, o desenvolvimento do mercado encontrou muita resistência dos ambientalistas.

Já as reservas argentinas nas províncias de Jujuy, Catamarca e Salta têm sido alvo de investidores estrangeiros nos últimos anos. Com o fluxo de investimentos estrangeiros, a produção de lítio na Argentina mais que dobrou desde o início da década.
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Por Naturalnews.

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